O número de agentes de segurança baleados em Salvador e Região Metropolitana chegou a 15 em 2025, segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado. Quatro desses profissionais não resistiram aos ferimentos e morreram. O caso mais recente foi o do guarda civil municipal de Salvador, George Santos Viana, de 41 anos, assassinado no fim da tarde de terça-feira (6), em Catu de Abrantes, distrito de Camaçari.
De acordo com colegas, George havia saído de casa para comprar pão quando foi baleado. Os relatos indicam que ele foi reconhecido pelos atiradores, o que levanta suspeitas de execução. “Uma coisa é você perder a vida, sendo agente de segurança, no combate. Outra é perder na covardia. Nós somos uma das principais vítimas da segurança pública”, disse um colega de profissão que preferiu não se identificar.
A morte de George é mais um episódio da crescente violência enfrentada por profissionais da segurança pública na Bahia. Em muitos casos, os agentes se tornam alvos fora do horário de serviço, em situações cotidianas.
O Instituto Fogo Cruzado vem monitorando os casos ao longo do ano e alerta para o aumento da vulnerabilidade desses profissionais. O dado atual – 15 baleados e 4 mortos – já supera o registrado em períodos anteriores, apontando para uma escalada preocupante.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso de George Santos nem sobre as medidas de proteção para os agentes fora do serviço.