Embora São Paulo e Rio de Janeiro concentrem grande parte dos patrimônios do país, a ascensão de empresários e investidores baianos tem colocado a região em destaque. A lista de bilionários da Forbes 2024 revelou que, entre os 240 nomes citados, 18 são do Nordeste, somando R$ 67,3 bilhões. Entre eles, os baianos José Caetano de Paula Lacerda e Carlos Nascimento Pedreira Filho, do Grupo GPS, com R$ 3,23 bilhões em patrimônio.
A demanda por planejamento financeiro e gestão de ativos cresce na região, especialmente entre famílias que buscam discrição e segurança patrimonial. “São famílias a partir de R$ 100 milhões de patrimônio”, explica Rafael Bastos (@rbbastosofc), empresário com mais de 20 anos de experiência na área.
Reservados, com múltiplas contas no exterior e imóveis no Brasil e no mundo:
Entre as demandas mais exclusivas dos clientes de Bastos estão aquisições de ilhas privadas e jatos executivos. “A compra de uma ilha ou aeronave não é apenas luxo, mas um ativo que exige gestão criteriosa”, destaca ele, que tem em seu histórico mais de 40 famílias milionárias atendidas.
Com certificações como Analista de Valores Mobiliários (APIMEC) e Planejador Financeiro (PLANEJAR), Rafael reforça que um family office vai além da gestão financeira. “Nosso papel é garantir a tranquilidade e a perpetuidade do patrimônio familiar”, afirma.
A Bahia também se consolida como polo de casas de luxo, com destaque para Praia do Forte. A valorização pós-pandemia elevou preços de mansões para R$ 30 milhões e terrenos de 600 m² para até R$ 4 milhões. Essas propriedades são investimentos estratégicos para famílias de alto poder aquisitivo.
A MAM Multi Family Office, liderada por Bastos, garante que essas transações sejam conduzidas com discrição e planejamento fiscal adequado. Com atuação em três continentes, a empresa gerencia processos regulatórios, tributação internacional e due diligence. “Diversificar investimentos globalmente é essencial para a segurança patrimonial”, pontua.
Cresce venda de jatos no país:
O Brasil se destaca, ainda, como um dos maiores mercados para jatos executivos, superando México e Argentina. Segundo a Anac, há mais de 2.000 helicópteros no país, sendo 400 apenas em São Paulo, número superior ao de Nova York, Tóquio e Pequim. O setor movimentou US$ 640 milhões em 2024 e pode alcançar US$ 1,31 bilhão até 2029, segundo a Mordor Intelligence.