O tradicional almoço da Semana Santa, realizado com comida baiana, pode sair mais barato se as famílias pesquisarem o valor dos produtos antes de irem às compras. E a diferença na hora da compra pode ser maior que 50%, considerando a feira e mercado de Salvador. Diante deste cenário, o Aratu On fez levantamento de preços com base em órgãos oficiais e separou dicas com o economista Guilherme Dietze, que atua há mais de uma década nas análises econômicas locais.
Os preços dos principais ingredientes utilizados nas receitas típicas baianas, que por tradição são apreciadas na sexta-feira (18), partem de levantamento da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), realizado nos Núcleos de Abastecimento (Nacs) de Itapuã e Periperi, no Mercado de Itapuã e no Mercado Popular de Água de Meninos.
Mariscos e Pescados
O camarão seco tem variação de preços por quilo: de R$ 40, em Periperi, até R$ 58, em Itapuã. No Mercado Popular, parte de R$ 46. Já o camarão fresco pode ser encontrado entre R$ 30 e R$ 65, a depender do tamanho. Entre os pescados, o peixe vermelho aparece com preços entre R$ 30 (Periperi) e R$ 62 (Itapuã), ainda em análise do quilo. A pescada-amarela oscila de R$ 30 a R$ 65, enquanto a corvina varia entre R$ 22 e R$ 30. A arraia tem valores próximos, entre R$ 20 e R$ 25.
Temperos e Complementos
O litro do azeite de dendê custa de R$ 13 a R$ 15, e o leite de coco varia entre R$ 5 (500ml) e R$ 14 (1 litro). O feijão-fradinho, usado em pratos como o acarajé, custa entre R$ 5 e R$ 12 o quilo — o menor preço foi identificado em Itapuã.
O quiabo, ‘personagem principal’ do caruru, apresentou uma considerável variação de preços: no Mercado de Itapuã, a dúzia sai por R$ 3 e duas custam R$ 5. No Mercado Popular, o quilo chega a R$ 15, e em Periperi pode alcançar R$ 35.
Dicas para economizar
O economista Guilherme Dietze explica que é importante ficar atento para questões como a pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos, em especial quando exite certa distância entre um mercado ou feira de Salvador.
“A gente fala ‘vai em vários estabelecimentos’. No entanto, é importante o cuidado. Se for muito longe, você vai acabar gastando mais com combustível aquilo que acredita que seria economizado. Se tiver mercados próximos, procura aquele que tem preços mais modestos. Procure aquele estabelecimento que trabalhe com promoções em determinados dias, além de daqueles que oferecem descontos com a forma de pagamento. Você vai em uma peixaria que oferece desconto no PIX, por exemplo”, explica o economista.
Do ponto de vista dos feirantes, Dietze acrescenta que a negociação é sempre importante. E vale para o consumidor ter a noção de que o mercado de alimentação é bem concorrido, cenário que favorece a famosa ‘pechincha’. Ele ainda destaca os fatores da economia que causam as variações de preços na capital baiana.
“No cenário econômico, quando existe um aumento da procura, normalmente acontece um aumento de preço, na teoria. No entanto, na prática, o cenário pode ser outro. Pode ser que a produção de determinado produto seja grande, então a relação com a demanda fica baixa, mesmo com o aumento em determinado período. Mas vale destacar que estamos em condições favoráveis, com maior poder de compra do consumidor”, diz o economista.
AratuON