O caso do casal negro que foi agredido na filial da Rede Carrefour em Salvador, na última sexta-feira (5), ganhou mais um capítulo. Dessa vez, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) fez duas determinações ao supermercado, que se pronunciou sobre o assunto.
Nesta terça (9), o MP-BA instaurou procedimento para apurar o caso de racismo. Foi estabelecido que, em até cinco dias, o estabelecimento preste esclarecimentos e forneça imagens das câmeras de segurança e a qualificação completa dos funcionários envolvidos.
“À Delegacia de Polícia Circunscricional do local, o MP requisitou a instauração de inquérito policial para apurar os fatos”, informou o ministério, por meio de nota.
Também por meio de nota, o Carrefour se pronunciou alegando que o caso é “lamentável” e que estão realizando “todos os esforços para apurar o ocorrido e tomar todas as medidas cabíveis”.
“A primeira delas e fundamental foi, de forma proativa, realizar uma denúncia de agressão e lesão corporal à Polícia Civil, para que esse crime inaceitável seja rigorosamente apurado”, declarou, acrescentando que a denúncia foi encaminhada para a 12ª Delegacia Territorial/Itapuã.
Ainda na nota, a rede alega que, no vídeo em que são mostradas as agressões contra o casal, o suspeito tem uma tatuagem na mão. No entanto, segundo eles, “nenhum profissional direto ou indireto que atua na unidade tem essa tatuagem”.
Apesar de dizer não ter encontrado o suspeito do vídeo, o supermercado decidiu demitir a liderança e equipe de prevenção da loja, além de rescindir o contrato com a empresa responsável pela segurança da área externa, onde a violência ocorreu.