Bruno Krupp, um modelo de 25 anos, será submetido a um julgamento popular por homicídio doloso, com a intenção de matar, devido ao atropelamento e morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães em julho do ano passado. A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, e permite que Krupp recorra em liberdade.
Em março deste ano, Krupp foi libertado da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, também conhecida como Bangu 8, localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, após receber um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele permaneceu detido por oito meses. Durante o período que está fora da prisão, além de utilizar uma tornozeleira eletrônica, o modelo teve que entregar seu passaporte para evitar que deixasse o país.
O advogado de defesa do modelo informou ao G1 que irá recorrer da decisão, afirmando: “Essa decisão é uma aberração jurídica, totalmente incomum, que vai contra a decisão do STJ, que confirmou que não se trata de um crime doloso, mas sim culposo. Essa é uma decisão precária”.
Bruno Krupp permaneceu preso por oito meses devido ao atropelamento e morte do adolescente na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, no ano anterior. Ele estava dirigindo a uma velocidade superior a 100 km/h em uma via com limite de velocidade de 60 km/h e não possuía habilitação.
O modelo estava pilotando uma motocicleta no momento em que atingiu o adolescente João Gabriel. De acordo com as investigações da 16ª DP (Barra da Tijuca), ele estava em alta velocidade. O estudante, que estava acompanhado de sua mãe, Mariana Cardim, foi gravemente ferido. O adolescente teve uma perna amputada imediatamente e, após ser socorrido, passou por uma cirurgia no Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.